
Recuo na demanda por crédito foi puxado por micro e pequenas empresas (Marcos Issa/ Bloomberg News)
No acumulado de 2011, a procura por financiamento passou de uma alta de 1,6% em março para um declínio de 0,2% no mês passado
A procura das empresas por crédito caiu 5,1% em abril em relação a março e recuou 5,3% sobre abril do ano passado, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito, divulgado nesta segunda-feira.
No acumulado de 2011, a demanda passou de uma alta de 1,6% em março para uma queda de 0,2% em abril. "As sucessivas elevações da taxa básica de juros, com o encarecimento do custo do crédito, e as perspectivas de desaceleração do ritmo de crescimento econômico estão levando as empresas a ajustar suas demandas por crédito", informou, em nota, a Serasa Experian.
A empresa atribui o recuo verificado no mês passado à redução de 5,6% na demanda por crédito das micro e pequenas empresas. "Como as micro e pequenas empresas praticamente possuem acesso a recursos via rede bancária doméstica, os juros mais elevados tendem a produzir impactos mais significativos sobre a procura por crédito desse segmento." Entre as médias e grandes empresas, houve expansão de 2,2% e de 4,1% em abril ante março, respectivamente.
Regiões – A demanda das empresas por crédito caiu em todas as regiões do país em abril na comparação com o mês anterior, sendo que a maior queda ocorreu no Centro-Oeste (8,6%), seguido do Norte (7,6%). O menor decréscimo foi registrado no Nordeste (de 3,3%). No Sudeste, houve diminuição de 5,0% e no Sul, de 4,8%.
Ainda de acordo com a Serasa Experian, a retração na demanda por crédito em abril ante março foi puxada pelas empresas do comércio (queda de 6%), seguidas de serviços (4,7%) e indústria (2,2%).
"No acumulado do ano, somente as empresas do setor de serviços, menos impactadas pela concorrência internacional como também pela alta dos juros internos, estão com crescimento positivo em interesse por crédito (alta de 2%)." Indústria e comércio registram queda na busca por financiamento no mesmo período na comparação com o primeiro quadrimestre de 2010, de 1,1% e 1,5%, respectivamente.
(com Agência Estado)