16 maio 2011

Brasil e China formarão grupo para intensificar negócios

Cédulas de yuan, moeda chinesa

Além do BRICS, Brasil e China querem formar um bloco dentro do bloco (Vincent Yu/AP)

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil e a China formarão um grupo técnico para intensificar as relações entre os dois países. A expectativa de Pimentel, que propôs o grupo ao colega chinês, Chen Deming, em almoço realizado nesta segunda-feira, é que os trabalhos comecem já no próximo mês.

"O ministro conhece profundamente as questões do comércio brasileiro. Sugerimos a comissão, ele aceitou e acha que as relações comerciais entre os dois países vão se intensificar muito nos próximos anos", relatou Pimentel. "Vamos precisar de muita agilidade", acrescentou.

Para o ministro brasileiro, é possível estimar a entrada de 8 bilhões de dólares em investimentos chineses apenas este ano no Brasil. Sua afirmação tem base em informações do governo asiático."Estamos com muitas consultas", disse.

Pimentel informou ainda que a empresa Sany já entrou em contato com uma prefeitura do sul de Minas Gerais para investir 200 milhões de dólares em máquinas e equipamentos pesados. "A companhia deve vir de olho na cadeia produtiva da Petrobras, do pré-sal, pois são máquinas de grande porte e escavadeiras profundas", citou.

Trata-se de mais um passo no estreitamento de relações com a China. No começo de abril, o Export-Import Bank of China anunciou um fundo em yuans, de valor equivalente à um bilhão de dólares, cujo objetivo é investir na América Latina.

(com Agência Estado)