05 junho 2011

Dominique Strauss-Kahn voltará ao tribunal nesta segunda

Dominique Strauss-Kahn, diretor-chefe do FMI, na Corte Criminal de Manhattan, Nova York

Dominique Strauss-Kahn, diretor-chefe do FMI, na Corte Criminal de Manhattan, Nova York (Emmanuel Dunand/Pool/AFP)

O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn se apresentará nesta segunda-feira ao Tribunal Penal de Nova York. Na audiência, ele deverá se declarar inocente das acusações de que teria cometido crimes sexuais contra a camareira de um hotel em Manhattan, no dia 14 de maio.

Strauss-Kahn passou o dia de domingo no luxuoso apartamento no sul de Manhattan onde cumpre prisão domiciliar. Na segunda-feira, vai falar publicamente pela primeira vez desde que foi detido no aeroporto de Nova York a bordo de um avião que se preparava para decolar rumo à França.

Inocência - Os advogados de DSK, como é conhecido na França, afirmaram diversas vezes que o seu cliente se declara inocente. Benjamin Brafman, um conhecido advogado de Nova York que já defendeu e salvou vários famosos com problemas na Justiça, afirmou que Strauss-Kahn será libertado, em entrevista ao canal de televisão francês M6.

"Não quero entrar nos detalhes do caso por enquanto, mas estou confiante. Não penso que Strauss-Kahn, de alguma maneira, seja culpado das acusações e posso adiantar que será libertado", disse.

Contexto - Respondendo por sete acusações de crimes sexuais que podem levá-lo a uma pena de 74 anos de prisão, Strauss-Kahn era visto como o candidato favorito pelo Partido Socialista às eleições presidenciais francesas de 2012. Mas este escândalo pôs fim às suas aspirações eleitorais e o forçou a renunciar ao cargo no FMI.

Com a declaração de inocência, a promotoria deverá apresentar provas para confirmar a veracidade da denúncia da camareira de 32 anos. Se DSK mudar de ideia e se declarar culpado, não haverá processo e o juiz deverá decidir a pena.