Antes de optar por um plano de previd?ncia privada empresarial, o profissional deve ficar atento ao regulamento descrito no contrato e ? quantia mensal destinada ao fundo - tanto pela empresa quanto pelo trabalhador-, aconselham especialistas consultados pela Folha.
Previd?ncia empresarial cresce 42% em tr?s anos
Calcular o valor de aposentadoria necess?rio para manter o mesmo padr?o de vida do per?odo na ativa ? essencial para estipular o valor m?nimo de dep?sito, assinala S?rgio Jurandyr, professor de finan?as do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
"A previd?ncia empresarial vale muito a pena porque, na maioria da vezes, a taxa de carregamento [administra??o] ? mais baixa [do que a da individual]", avalia Jurandyr.
Segundo o especialista, jovens de 20 anos, por exemplo, devem destinar 10% da renda ? previd?ncia privada; funcion?rios com mais de 30 anos t?m de contribuir com, pelo menos, 25% do sal?rio.
"Como h? um valor m?ximo de dep?sito em fundos empresariais, quem quiser colocar mais dinheiro tem a op??o de abrir uma previd?ncia privada individual, contanto que consiga administrar bem os dois fundos", diz.
Antes de optar pela previd?ncia privada empresarial, Paulo Shinohara, 36, coordenador de supervis?o de tecnologia da informa??o da consultoria KPMG, calculou a aposentadoria necess?ria para manter o padr?o de vida de sua fam?lia no futuro.
"Fiz uma proje??o a longo prazo com os profissionais da empresa e pesquisei a seguran?a do fundo antes de optar pela previd?ncia privada."
Segundo Fabio Gallo Garcia, professor de finan?as da FGV (Funda??o Getulio Vargas), verificar o hist?rico da seguradora que administrar? o plano ? fundamental para evitar contratempos. Para tanto, vale pesquisar informa??es sobre a organiza??o e conferir coment?rios feitos por clientes na internet.
"H? casos em que a empresa entra em fal?ncia e o segurado perde todo o investimento feito", exemplifica Garcia.
GEST?O
No entanto, a previd?ncia privada empresarial, quando bem avaliada, ? extremamente ben?fica ao funcion?rio, avalia Garcia. "O benef?cio ? vantajoso para quem n?o sabe gerir uma carteira de investimentos e n?o tem o costume de guardar dinheiro."
Apesar de a Whirlpool fazer dep?sitos mensais ao fundo dos funcion?rios, a especialista em recursos humanos Andrea Bianchi, 25, contribui do pr?prio bolso para complementar o montante. "[A previd?ncia] ? um investimento a longo prazo que decidi fazer desde que era trainee da organiza??o", conta.
Devolu??o de totalidade de fundo est? vinculada a tempo de casa
Desde que a portabilidade do fundo dos planos de previd?ncia privada tornou-se obrigat?ria, em 2001, as empresas criaram regras pr?prias para usar o benef?cio na reten??o de talentos.
Uma parte delas devolve o saldo integral do fundo aos funcion?rios desligados- aporte do funcion?rio e da empresa. Outra, no entanto, restringe o valor depositado pela organiza??o.
Na Senior, desenvolvedora de software, o funcion?rio pode reaver todo o dinheiro do fundo somente no momento da aposentadoria.
"Nosso objetivo ? fazer com que as pessoas pensem bem antes de sair da companhia. N?o d? para criar uma guerra salarial para manter funcion?rios na empresa", avalia a gerente de desenvolvimento, Jussara Dutra.
J? na Bosch, multinacional do setor de tecnologia, h? um teto de resgate para profissionais com mais de tr?s anos de trabalho na empresa. O saldo total s? pode ser sacado por profissionais com, no m?nimo, 50 anos de idade e em parcelas mensais.
O engenheiro Guilherme Andrade, 61, conseguiu migrar o volume de recursos de seu fundo de previd?ncia privada para aderir ao benef?cio oferecido pela companhia do setor de bens de consumo em que atua atualmente.
"Quero uma aposentadoria generosa", ressalta Andrade, que pretende aposentar-se no fim do ano.
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