
Lucro foi impulsionado pelo aumento da produção e da cotação do petróleo no período (Vanderlei Almeida/AFP)
A Petrobras informou nesta sexta-feira ter registrado um lucro líquido de 10,985 bilhões de reais entre janeiro e março de 2011, o que representa um recorde trimestral. Houve alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o balanço da estatal, quatro fatores foram determinantes para a obtenção do lucro recorde. O primeiro foi o aumento do preço do petróleo nacional em 29% no período. O segundo foi a ampliação da produção de 4% de petróleo, gás natural liquefeito (GNL) e gás natural em razão da maior produção nos campos de Marlim Leste, Cachalote/Baleia Franca, Jubarte, Uruguá/Tambaú, Fradea; além da entrada em operação do piloto de Lula e Marlim Sul; e dos testes de longa duração de Tiro, Sidon e Guará.
A Petrobras também destacou como razão para seu bom resultado no trimestre a elevação das vendas de gás natural, na esteira do crescimento industrial e da alta na demanda por geração de energia. Já o melhor resultado financeiro (de 2,723 bilhões de reais) decorreu dos ganhos cambiais sobre o endividamento, refletindo a apreciação do real ante o dólar. Também contribuiu para o resultado positivo o aumento das receitas com aplicações financeiras e títulos públicos federais propiciado pela aplicação dos recursos oriundos da capitalização ocorrida em setembro de 2010.
Balança comercial – A balança comercial da Petrobras saiu do positivo para o negativo no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo foi deficitário em 38 mil barris por dia, ante um superávit de 126 mil barris por dia nos três primeiros meses de 2010. O volume de derivados importados atingiu 684 mil barris por dia (bpd) nos três primeiros meses de 2011, ante 621 mil bpd no mesmo período do ano passado, um aumento de 10%. Já o volume exportado foi de 646 mil bpd, ante 747 mil bpd no primeiro trimestre de 2010, teve queda de 14%. Em relação ao quarto trimestre de 2010, houve aumento de 49% das importações e queda de 2% nas exportações.
De acordo com a Petrobras, no primeiro trimestre do ano, houve aumento na importação de petróleo devido à necessidade de recomposição de estoque e também de processamento de uma cesta de óleo mais leve na Refinaria de Paulínia (SP), devido à parada de um duto que escoa a produção de óleos mais "pesados", como óleo combustível e gasóleo. Além disso, as importações aumentaram 2% no período como reflexo do crescimento na demanda, com destaque para o óleo diesel.
(com Agência Estado)