Dois meses após a tragédia provocada por um terremoto seguido de tsunami, em 11 de março, o Japão conta 14.949 mortos e 9.880 desaparecidos. O balanço ainda é parcial, mas a polícia acredita já estar perto do número final, conforme noticiou a emissora japonesa NHK. Nesta terça-feira, foram confirmadas mais 30 mortes.
A províncias de Miyagi foi a mais afetada pela tragédia, com 8.941 mortes, seguida por Iwate, com 4.400 vítimas. Na província de Fukushima, onde o desastre atingiu um complexo nuclear e provocou a pior crise desde Chernobyl, 25 anos atrás, o número de mortos chegou a 1.544. Os imperadores do Japão, Akihito e Michiko, já visitaram Iwate e Miyagi e são esperados nesta quarta-feira em duas cidades de Fukushima.
O total de desaparecidos, que chegou a 17.600, continua em queda. Nesta terça-feira, mais três pessoas foram retiradas da lista. A queda é devida em parte à identificação dos mortos, em parte à confirmação do registro de desabrigados.
Cerca de 117 mil pessoas estão alojadas em 2.500 abrigos espalhados pelo país. Só o tsunami destruiu 68 mil casas. Já a zona de exclusão traçada em torno da usina de Fukushima, por causa do vazamento de radioatividade, expulsou 80 mil moradores.
Do orçamento de 4 trilhões de ienes (80 bilhões de reais) aprovado para a reconstrução, cerca de 25% deve ser destinado a residências provisórias. Cerca de 30 mil delas ficam prontas até o fim deste mês. O restante do orçamento será dirigido à reconstrução de povoados - alguns por inteiro -, obras de infraestrutura, retirada de 25 milhões de toneladas de escombros, indenização de vítimas e estímulos econômicos.