19 maio 2011

Defesa de Strauss-Kahn tentará fiança novamente na quinta

O francês Dominique Strauss Kahn foi acusado de estupro em Nova York

O francês Dominique Strauss-Kahn foi acusado de estupro, que teria ocorrido em Nova York

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), acusado de crimes sexuais nos Estados Unidos, pode obter liberdade sob pagamento de fiança na quinta-feira, informou nesta quarta a rede de notícias americana CNN. A defesa do político francês tenta conseguir um acordo com a promotoria de Manhattan nas próximas horas, apesar de um pedido de fiança já ter sido negado na segunda. Um funcionário do tribunal onde o francês será julgado disse que a sessão está relacionada a um recurso especial para o acusado.

Tristane Banon Tristane Banon

Depois da prisão de Strauss-Kahn em Nova York, não param de surgir acusações de assédio e agressão sexual contra ele. A mais recente veio de uma repórter de um jornal europeu, afirmando que o diretor-gerente do FMI propôs conceder uma entrevista em troca de favores sexuais. A denúncia da jornalista foi publicada nesta quarta-feira no diário britânico The Times. Na reportagem, a moça relata como o ex-ministro de finanças francês se aproximou dela após uma coletiva. "Ele conseguiu meu número de telefone com a sua embaixada ou mesmo com o Instituto Francês e passou a me ligar dizendo: 'Se facilitar as coisas, terá sua entrevista", contou a mulher, a quem o jornal deu o nome fictício de Martina".Em novembro do ano passado, dois anos depois desse primeiro encontro, o responsável pelo FMI teria se apresentado na cidade na qual a jornalista residia e insistiu. Dessa vez afirmou que lhe concederia uma entrevista, mas, para isso, ela "tinha que passar um fim de semana com ele em Paris ou em algum outro lugar", segundo o relato. "Disse, quase de forma explícita, que eu tinha que me deitar com ele para poder entrevistá-lo ", afirmou Martina.Na França, ganharam força as acusações da jovem escritora Tristane Banon. Em 2007, durante o programa de televisão ‘Grand N’Importe Quoi’, Banon relatou um episódio violento em que DSK tentou estuprá-la durante um encontro em um elegante apartamento vazio em Paris. “Nós brigamos a ponto de rolar no chão”, contou. Complô - Apesar de depoimentos deste tipo, a maioria dos franceses parece acreditar que o então favorito do Partido Socialista para concorrer à presidência seja vítima de um complô. Segundo uma pesquisa do instituto CSA publicada nesta quarta-feira, 57% dos franceses apostam em sua inocência, 32% não creem em uma armação e 11% preferiram não opinar. Também a esposa de Strauss-Kahn, Anne Sinclair, duvida de qualquer das acusações e já declarou apoio total ao marido. 

(Com agência EFE)