28 maio 2011

Sindicato estima que 3.000 v�o deixar obra de Jirau

Cerca de 3.000 trabalhadores contratados para construir a usina de Jirau, no rio Madeira (RO), decidiram n?o continuar na obra e pediram demiss?o ao longo de maio.

A estimativa ? de Raimundo Soares, presidente do Sticcero (Sindicato dos Empregados da Constru??o Civil do Estado de Rond?nia).

Segundo ele, 90% dos trabalhadores que moram em outros Estados n?o querem mais retornar ? obra. Cerca de 6.000 tiveram de voltar a suas cidades de origem em mar?o, depois de os alojamentos do canteiro serem destru?dos por um grupo de empregados durante um quebra-quebra.

"Ningu?m quer voltar, Os trabalhadores v?m [at? Porto Velho] s? para buscar o dinheiro do acerto e voltar para casa", disse o sindicalista.

Oper?rio caminha entre destro?os de Jirau; trabalhadores temem novos confrontosOper?rio caminha entre destro?os de Jirau; trabalhadores temem novos confrontos

Um dos motivos das demiss?es volunt?rias ? o temor de novos confrontos, segundo o sindicalista. Outra raz?o ? a perspectiva de emprego na obra da usina de Belo Monte, j? licenciada para ser constru?da no Par?.

"Em vez de voltar para Jirau, muitos est?o preferindo pegar o acerto para esperar em casa por Belo Monte. Estamos fazendo homologa??es de segunda a sexta-feira sem parar", disse Soares.

As empresas construtoras de Belo Monte j? sinalizaram que pretendem dar prefer?ncia a moradores da regi?o ou de fam?lias inteiras para evitar "instabilidade emocional" no canteiro.

Antes do quebra-quebra, a obra de Jirau reunia cerca de 22 mil trabalhadores, dos quais 19 mil moravam em alojamentos. A maioria era de contratados da construtora Camargo Corr?a.

Em abril, a empresa anunciou que tinha a inten??o de cortar 4.000 vagas.

A Procuradoria do Trabalho conseguiu suspender um acordo firmado em abril entre o sindicato e a Camargo Corr?a --que autorizava a empresa a fazer as demiss?es que julgasse necess?rias.

Uma liminar obtida neste m?s pela Procuradoria impede a empresa de realizar demiss?es sem justa causa. Segundo a procuradora Paula Moura, "a liminar est? em pleno vigor, mas n?o abrange os contratos de trabalho que n?o interessam mais ao trabalhador".

A Camargo Corr?a disse que n?o confirma a demiss?o dos 3.000 trabalhadores e que a empresa n?o far? coment?rios sobre o tema. O Cons?rcio Energia Sustent?vel disse que n?o se manifesta em rela??o a quest?es trabalhistas.

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