PATR?CIA BAS?LIO
DE S?O PAULO
Os dep?sitos em fundos de previd?ncia privada empresarial cresceram 42% de 2007 a 2010, segundo levantamento feito pela Fenaprevi (Federa??o Nacional de Previd?ncia Privada e Vida) a pedido da Folha. A alta foi de 17,4% em 2010, em rela??o a 2009.

A crescente ades?o de empresas na oferta do benef?cio foi respons?vel pelo ?ndice, segundo Oswaldo Nascimento, vice-presidente da institui??o. "A previd?ncia privada, ao contr?rio do sal?rio, ? uma forma de as companhias reterem e atra?rem talentos sem a incid?ncia de encargos tribut?rios", compara.
Valor do dep?sito depende da idade
Para C?sar Lopes, consultor da Towers Watson, empresa de gest?o de pessoas, com a economia aquecida, os dep?sitos tamb?m s?o maiores. "[O aumento de aportes] ? reflexo de aplica??es mais altas feitas por funcion?rio e empregador", explica.
Pesquisa realizada em abril pela consultoria com 236 empresas de grande porte aponta que 70% (165) delas oferecem previd?ncia privada.
Esse ? o caso da Pepsico, multinacional de bebidas e alimentos, que concede o benef?cio a todos os funcion?rios. "O objetivo ? mostrar o interesse da empresa em firmar relacionamento de longo prazo com a equipe", destaca Andreia Vitoriano, gerente de recursos humanos.
Rec?m-aposentado pela Bosch, do setor de tecnologia, o engenheiro Eduardo Tilkian, 60, usufrui do plano pago pela empresa por 38 anos. "Consegui manter o padr?o de vida com o fundo."
Oferta do benef?cio varia nas empresas
Embora as empresas vejam no plano de previd?ncia privada um ganho na reten??o de bons profissionais, a forma como o benef?cio ? oferecido varia nas organiza??es.
Segundo a pesquisa "Planos de Benef?cios no Brasil", da consultoria Towers Watson, 18% das companhias fazem aportes mensais sem que o trabalhador precise depositar qualquer quantia no fundo. As demais (82%) exigem contribui??o do empregado para que a empresa tamb?m fa?a aportes peri?dicos.
A Whirlpool, multinacional de eletrodom?sticos, adiciona ao fundo de 50% a 200% do valor depositado pelo profissional. J? os trabalhadores que n?o fazem aportes recebem contribui??o m?nima de 1% do valor do sal?rio.
Na Henkel, de bens de consumo, a ades?o dos funcion?rios ? previd?ncia privada ? volunt?ria. O profissional deve fazer dep?sitos mensais ao fundo para que a empresa duplique o valor investido, afirma Eduardo Soares, gerente de recursos humanos.
Para Armando Bordallo, diretor de RH da consultoria Ernst & Young, ainda que existam diferen?as na concess?o do plano, o benef?cio traz satisfa??o aos funcion?rios. "Eles se sentem parte de uma rela??o constru?da em conjunto e a longo prazo."
Gabriel Barbieri, 23, analista de marketing da Senior, desenvolvedora de software, aderiu ? previd?ncia h? dois anos, quando teve seu primeiro filho. "Antes de aceitar qualquer proposta, avalio os benef?cios oferecidos", diz ele, que deposita 2,5% do sal?rio no fundo e recebe a mesma quantia do empregador.
Restringir programa a posi??es gerenciais desmotiva empregado
Oferecer plano de previd?ncia a parte dos profissionais nem sempre traz bons resultados. Conced?-lo s? para executivos, por exemplo, pode resultar na desmotiva??o da equipe, avalia Adriana Zanni, diretora de RH da consultoria KPMG. "N?o faz sentido oferecer o plano para um p?blico espec?fico", destaca.
O analista financeiro Dalmar Assis, 43, n?o tem direito ? previd?ncia privada, uma vez que o benef?cio s? ? oferecido a cargos gerenciais na montadora em que trabalha. "[O benef?cio] seria um diferencial", considera ele, que decidiu fechar um plano individual na semana passada.
J? para Gustavo Costa, diretor da Hays Brasil, de recrutamento e sele??o, a diferencia??o tem seu lado bom.
"O funcion?rio acaba motivado a lutar para subir de cargo", pondera ele.
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