20 maio 2011

Polícia prende e solta algumas horas depois suspeitos de assassinar aluno da USP

Os policiais que investigam a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, assassinado na Universidade de São Paulo (USP) na última quarta-feira, detiveram dois homens nesta sexta apontados como possíveis suspeitos de terem cometido o crime. No entanto, após serem comparados com o retrato falado e as imagens das câmeras de segurança da universidade divulgados pela polícia, ambos foram liberados por não haver indícios de que estivessem envolvidos no caso.

Nas duas situações, a Polícia Militar chegou aos até então suspeitos por meio de denúncias anônimas. O primeiro foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que cuida das investigações, e liberado já no meio da tarde. Por volta de 15 horas, outro homem foi detido na favela Real Parque e encaminhado para a 34ª Delegacia de Polícia.

O homem de 30 anos já havia ficado preso por três anos por roubo e foi encontrado na casa dos pais sozinho. Os policiais coletaram informações e o fotografaram, além de reter um documento de seu irmão, também considerado suspeito e com passagens pela polícia.

No fim da tarde, três agentes da DHPP compareceram à delegacia para comparar o rosto do homem detido com o retrato falado indicado por uma testemunha. Após pouco mais de meia hora, eles deixaram o local descartando o envolvimento do rapaz com o crime e o liberaram. Ainda assim, é possível que apresentem a foto dele às testemunhas do assassinato.

Caso - O estudante foi encontrado morto com um tiro na cabeça no estacionamento da faculdade, na noite de quarta-feira. Os investigadores garantem haver fortes indícios de que Felipe tenha reagido a um assalto.  A chave do carro estava quebrada – provavelmente porque o estudante tentou entrar nele para se proteger - e testemunhas afirmam que o jovem havia sacado dinheiro de um caixa eletrônico minutos antes.

De acordo com afirmações de familiares da vítima dadas à imprensa, Felipe havia sido assaltado outras vezes e passou a andar com o veículo blindado para evitar que o caso se repetisse.

Na quinta-feira, a polícia divulgou imagens do circuito interno da universidade em que aparecem dois homens identificados por outro aluno como sendo os mesmos que tentaram assaltá-lo pouco antes da morte de Felipe. Testemunhas dizem que eles ficaram rondando a Faculdade de Economia e Administração (FEA) por pelo menos uma hora.

Por causa do crime, a USP definiu, nesta sexta-feira, que vai autorizar a Polícia Militar a fazer rondas no campus.