Em seu relat?rio semestral sobre perspectivas econ?micas, a OCDE advertiu que, de qualquer maneira, os riscos continuam elevados e a situa??o pode inverter.
Os principais riscos s?o de que continue a escalada do pre?o do petr?leo diante da instabilidade em alguns dos grandes pa?ses produtores e de que a recupera??o do Jap?o na fase de reconstru??o ap?s o terremoto seja muito lenta ou acarrete problemas de abastecimento a outros pa?ses, em particular ? China.
Mas a OCDE tamb?m alerta para os efeitos dos elevados n?veis da d?vida em alguns dos pa?ses da organiza??o e para a situa??o em certos mercados imobili?rios, problemas que, se permanecerem, podem arrastar os mercados financeiros para baixo.
Al?m disso, os autores do estudo enfatizaram a "preocupa??o com o elevado desemprego", diante do que consideraram urgente a realiza??o de reformas estruturais no mercado de trabalho.
S?o pol?ticas que, segundo o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, poderiam tornar mais eficazes os servi?os de coloca??o, reequilibrar a prote??o entre os trabalhadores tempor?rios e reduzir os impostos trabalhistas, al?m de estabelecer mais concorr?ncia no com?rcio e nos servi?os profissionais.
A organiza??o acredita que os mercados emergentes continuar?o sendo os impulsores da economia mundial, que, segundo estimativas, crescer? 4,2% neste ano e 4,6% no pr?ximo (ap?s os 4,9% registrados em 2010). Entre os pa?ses da OCDE, o crescimento previsto ? de 2,3% para 2011 e de 2,8% para 2012 (depois dos 2,9% em 2010), mesmos n?meros do relat?rio anterior.
A OCDE modificou as previs?es econ?micas para alguns pa?ses, em particular a do Jap?o, que em vez de registrar um aumento de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ter? baixa de 0,9% por causa do terremoto seguido de tsunami, antes de se recuperar 2,2% no ano que vem.
A trag?dia de mar?o, que segundo as autoridades japonesas causou preju?zos de 3,3% a 5,2% do PIB do pa?s, n?o deve ter um amplo impacto negativo direto sobre o crescimento no resto do mundo.
Por isso, a situa??o ? compat?vel com uma revis?o para cima das expectativas da OCDE, tanto para os Estados Unidos, com crescimento de 2,6% do PIB para este ano (quatro d?cimos a mais do previsto h? seis meses), quanto para a zona do euro, com 2% (tr?s d?cimos a mais).
Para 2012, os autores do estudo mantiveram nesses dois blocos os mesmos n?meros de crescimento (3,1% para os EUA e 2% para a zona do euro), que seguem ilustrando as diferen?as de recupera??o econ?mica entre cada um dos lados do Oceano Atl?ntico.
As explica??es devem ser buscadas sobretudo nos tr?s pa?ses europeus que tiveram de solicitar resgate financeiro internacional - Gr?cia, Irlanda e Portugal - cujos PIBs ca?ram na segunda metade de 2010. Na Espanha, a situa??o n?o foi t?o grave, mas, durante aquele semestre, a demanda interna registrou queda relevante.
De acordo com o mesmo diagn?stico, para este ano, a Espanha ser? o ?nico desses quatro pa?ses que ter? um crescimento positivo (0,9%), embora menos da metade do conjunto da zona do euro, enquanto a Irlanda permanecer? estagnada (0%) e, tanto Portugal como, sobretudo, a Gr?cia, ter?o retrocesso (2,1% o primeiro e 2,9% a segunda).
Referindo-se a esses quatro pa?ses, mas tamb?m a outras na??es com fortes problemas de d?vida, como Estados Unidos e Jap?o, a OCDE insiste que, apesar de algumas melhoras, as necessidades para estabilizar o d?ficit das finan?as p?blicas s?o "substanciais".