Uma mulher de Três Pontas, em Minas Gerais, deu à luz um casal de gêmeos gerados em úteros separados. O fato deve-se a uma má formação rara, chamada de “útero didélfico” (ou didelfo), fecundação de dois óvulos e dois espermas em dois úteros.
Após 38 semanas de gestação, Jucéa Maria de Andrade, de 38 anos, ganhou uma menina e um menino. Segundo a ginecologista Márcia Andréia Mesquita Mendes, que acompanhou toda a gravidez, a paciente foi diagnosticada em 1998 com septo vaginal, uma má formação que divide a vagina em duas. Por ser informada de que seria difícil ficar grávida, parou de fazer uso de métodos contraceptivos. Os gêmeos nasceram saudáveis e o parto ocorreu normalmente.
Recorrência — Em 2010, uma mulher de São José dos Campos, interior de São Paulo, deu à luz um casal de gêmeos: uma menina e um menino, após uma gestação com útero didélfico. O parto ocorreu em São José dos Campos, com 39 semanas de gestação.
O ginecologista e obstetra Lauro Mascarenhas Pinto conseguiu fazer o diagnóstico antes da gestação por causa do diagnóstico de septo vaginal. “O septo vaginal pode ser um indicador e não a razão do útero didélfico”, explica. “É muito difícil conseguir terminar este tipo de gestação porque o problema acarreta altos índices de aborto precoce ou trabalho de parto prematuro", afirma.
