07 maio 2011

Militantes do Talibã atacam alvos do governo no Afeganistão

Soldados talibãs na província de Nangarhar, no Afeganistão

Soldados talibãs na província de Nangarhar, no Afeganistão (Stringer/Reuters)

Militantes do Talibã executaram, neste sábado, uma série de ataques contra edifícios do governo afegão na cidade de Kandahar, no sul do país. Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas. As ações ocorrem um dia depois dos radicais divulgarem um comunicado, dizendo que a morte do de Osama bin Laden estimulará a insurgência contra os Estados Unidos e as forças internacionais. No mesmo dia, a Al Qaeda confirmou a morte do terrorista mais procurado do mundo e também prometeu novos ataques.

Os atentados deste sábado começaram pouco depois do meio dia, no horário local, com uma explosão perto do complexo do governador Tooryalai Wesa, no centro da cidade, que é extremamente vigiado. Várias outras explosões foram ouvidas logo depois em diferentes áreas de Kandahar, no que aparentou ser um ataque coordenado, informaram testemunhas à agência de notícias Reuters . Os escritórios do prefeito da cidade, da agência de inteligência local, uma base de forças especiais estrangeiras e uma base da polícia afegã também foram atacados. 

O Talibã afirmou que um grande número de seus militantes se dirigiu a Kandahar com o objetivo de atacar os prédios do governo. "Muitas pessoas foram mortas", disse um dos porta-vozes do grupo Yousef Ahmadi. Contudo, o governo local não confirmou as informações de que os ataques teriam deixado mortos.

Bin Laden - Segundo o comunicado do Talibã, divulgado na última sexta-feira, a morte de bin Laden vai dar um "novo ímpeto" à luta contra os invasores estrangeiros do Afeganistão. "O emirado islâmico acredita que o martírio do xeque Osama bin Laden dará um novo ímpeto à jihad em andamento contra os invasores nesta fase crítica da jihad", diz a nota divulgada por um outro porta-voz do grupo Tariq Ghazniwal. 

O Talibã governou o Afeganistão de 1995 até a invasão do país pelos EUA e seus aliados, em novembro de 2001, dois meses depois dos ataques terroristas da Al Qaeda em Nova York e Washington. Durante aquele período, o governo deu refúgio ao saudita Bin Laden e à sua organização. Desde o início da invasão ao país, morreram 2.445 soldados da coalizão, sendo 1.571 americanos. 

(Com agências Estado e Reuters)