16 maio 2011

Marina Silva vai pedir ao MPF que investigue acusações contra o marido

A ex-ministra e ex-candidata à Presidência Marina Silva (PV-AC) divulgou um vídeo em seu site pessoal afirmando que vai pedir ao Ministério Público Federal que apure as acusações contra seu marido, Fábio Vaz de Lima. Ele é suspeito de envolvimento na doação de madeira clandestina apreendida na Amazônia a uma organização não-governamental. O caso teria ocorrido quando Marina era ministra do Meio Ambiente (2003-2008). 

A ex-ministra comenta que, em encontro com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nesta segunda-feira, entregará a representação solicitando a abertura de investigação das denúncias feitas contra o casal. “É fundamental que cada denúncia possa ser investigada para ser comprovada a inocência ou a culpa”, destacou. Na época, um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a apontar irregularidades na transferência de madeira, mas Marina afirma que o Ministério Público Federal acompanhou o processo e não encontrou qualquer problema.

O tema veio à tona no plenário da Câmara dos Deputados, durante a tentativa de votação do Código Florestal, na última semana. O comentário feito por Marina no Twitter de que o relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) teria inserido “pegadinhas” no projeto causou a ira do parlamentar. Irritado, ele subiu no púlpito e disse que, quando era líder do governo, atendeu a um pedido da ex-ministra para convencer os demais deputados a não convocarem seu marido para depor sobre o possível crime ambiental. 

Marina considerou as denúncias levianas e vazias e disse estar divulgando documentos aos poucos em seu site para comprovar sua inocência e a de seu marido. “As pessoas que se sentiram contrariadas em seus negócios espúrios, contrários ao interesse público, começaram uma campanha de difamação produzindo dossiês apócrifos distribuídos nos corredores do Congresso e a jornalistas”, relata. “Não acreditava que o deputado fosse capaz de fazer tamanha leviandade e ele sabe que essas acusações não são verdadeiras.”