
O francês Dominique Strauss-Kahn foi acusado de estupro, que teria ocorrido em Nova York
Dominique Strauss-Kahn , o francês ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), passou neste sábado a sua primeira noite fora da prisão. O executivo está confinado em um edifício de Manhattan, onde conheceu outros moradores na mesma situação. Acusado de abuso sexual e tentativa de estupro por uma camareira de 32 anos, ele deixou na sexta-feira a prisão nova-iorquina de Rikers Island após pagar 1 milhão de dólares, além de um bônus de garantia de 5 milhões de dólares.
Desde que chegou ao local, Strauss-Kahn teve a oportunidade de conhecer alguns dos moradores que também se encontram em prisão domiciliar. O jornal The New York Post entrevistou neste sábado Andrew Auernheimer, um hacker acusado de cometer um ataque contra a companhia telefônica AT&T e que encontrou o ex-diretor-gerente do FMI no edifício.
"Vi quando chegava pelo corredor, com todos os agentes de segurança", disse Auernheimer. "É um tipo agradável", completou jovem de 26 anos, para quem o francês "foi erroneamente julgado pela opinião pública".
As autoridades penitenciárias da cidade decidiram transferir o réu para um edifício situado perto do marco zero e propriedade da empresa de segurança Stroz Friedberg, à qual o juiz Michael Obus confiou sua custódia e vigilância permanente e armada. Ao todo, são 20 câmeras digitais captando todos os movimentos dos moradores.
Ele só poderá abandonar o complexo para se reunir com seus advogados, para comparecer a entrevistas judiciais ou consultas médicas e a serviços religiosos. Além disso, para fins de rastreamento, economista francês também utiliza um bracelete eletrônico. Seu passaporte e outros documentos de viagem foram recolhido pela polícia, para evitar uma fuga.
Apesar dos benefícios, o ex-diretor do FMI foi indiciado por sete crimes sexuais, entre eles dois abusos. Uma nova audiência está marcada para o dia 6 de junho.
O FMI anunciou que deve começar na próxima segunda-feira "um procedimento aberto, baseado no mérito e na transparência" para escolher o novo diretor-gerente do orgão, depois do escândalo que resultou na renúncia do francês.
(Com agências internacionais)