A candidatura de Lagarde marcou as discuss?es econ?micas da reuni?o, ainda que a sucess?o de Dominique Strauss-Kahn n?o fizesse parte da agenda do dia.
"Todo mundo considera Lagarde uma mulher de grande qualidade, de personalidade previs?vel e cujos riscos s?o control?veis", afirmou o presidente franc?s, Nicolas Sarkozy, em rela??o ?s conversas informais mantidas durante o primeiro dia do encontro de chefes de Estado e Governo do G8.
O coment?rio de Sarkozy se explica pela possibilidade de um suposto caso de abuso de poder manchar a trajet?ria da ministra das Finan?as, circunst?ncia que se acrescentaria ao fiasco de Strauss-Kahn, detido em pris?o domiciliar em Nova York, acusado de tentativa de estupro.
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, quis deixar claro nesta quinta-feira que n?o cabe ao G8 fazer lobby em favor de Lagarde, e que ela n?o ? considerada id?nea para o posto pelo fato de ser europeia, mas sim por sua "grande experi?ncia" e "capacidade de lideran?a", que a tornam "totalmente capaz de dirigir o FMI".
Os grandes pa?ses emergentes, membros do grupo Brics - Brasil, R?ssia, ?ndia, China e ?frica do Sul -, classificaram de "obsoleta" a tradi??o de que o FMI deva ser dirigido por um europeu.
Contra esta ideia, Sarkozy argumentou que a atualidade monet?ria est? mais do lado dos europeus que dos emergentes, deixando de citar os problemas de d?vida da Europa em suas declara??es p?blicas.
Para refor?ar essa contradi??o, os l?deres do G8 se felicitaram por constatar que o crescimento da economia mundial voltou a arrancar "com bastante for?a", algo que em grande parte se deve exatamente ao impulso dos pa?ses emergentes.
Anfitri?o da C?pula, Sarkozy declarou tamb?m que os participantes concordam na necessidade de reduzir as tens?es e desequil?brios, al?m de lutar contra o protecionismo e encontrar solu??es, "seja qual for o ponto de chegada da Rodada de Doha", destinada ? liberaliza??o do com?rcio mundial.
Outros temas econ?micos da reuni?o do G8 abordaram a internet, ap?s a iniciativa da Presid?ncia francesa de criar um f?rum paralelo, denominado eG8, que deve ser repetido em outras c?pulas.
Os "gurus" da internet, entre eles Mark Zuckerberg, do Facebook, e Eric Schmidt, da Google, lembraram aos chefes de Estado e de Governo a import?ncia da rede como criadora de empregos, apresentando dados de que seria poss?vel criar 2,6 postos de trabalho para cada um que se perde, sobretudo nos pa?ses desenvolvidos.
Por este motivo, pediram acesso livre e aberto ? internet no mundo todo, algo que consideram uma oportunidade para mudar a rela??o entre os Governos e os cidad?os.
Os l?deres pol?ticos encarregaram seus "colegas" de internet para a elabora??o de um corpo de regras b?sicas com o objetivo de tornar compat?vel o desenvolvimento da rede com a defesa da propriedade intelectual, a seguran?a e os direitos fiscais.
