25 maio 2011

Brics rejeitam hegemonia europeia na dire��o do FMI

UOL EconomiaBrics rejeitam hegemonia europeia na dire??o do FMI24/05/2011AFP - Economia4@UOLEconomia #UOLWASHINGTON, 24 Mai 2011 (AFP) -Os cinco grandes pa?ses emergentes conhecidos como Brics (Brasil, R?ssia, ?ndia, China e ?frica do Sul) protestaram nesta ter?a-feira contra a inten??o da Europa de manter o cargo de diretor-gerente do Fundo Monet?rio Internacional ap?s a ren?ncia do franc?s Dominique Strauss-Kahn.

O protesto est? em um comunicado conjunto firmado pelos cinco membros do Conselho de Administra??o que representam os Brics: o brasileiro Paulo Nogueira Batista, o russo Alexe? Mojine, o indiano Arvind Virmani, o chin?s Jianxiong He e o sul-africano Moeketsi Majoro.

"Estamos preocupados com as declara??es p?blicas feitas recentemente pelos respons?veis europeus de alto n?vel sobre a manuten??o de um europeu no cargo de diretor-gerente" do Fundo, destaca o comunicado.

Strauss-Kahn, 62 anos, renunciou ao cargo de diretor-gerente do Fundo no dia 18 de maio, ap?s ser acusado por uma camareira de hotel de agress?o sexual, tentativa de estupro e c?rcere privado.

Segundo o comunicado, v?rios acordos internacionais pedem um procedimento (de sele??o) verdadeiramente transparente, fundamentado no m?rito e n?o na nacionalidade, como acontece com o FMI e com o Banco Mundial (Bird) desde sua cria??o, em 1944. "Isto exige abandonar a conven??o n?o-escrita e obsoleta de que o dirigente do FMI seja europeu".

O M?xico foi um dos primeiros pa?ses a pleitear uma candidatura oficial, com o diretor do Banco Central mexicano, Agust?n Cartens. Contudo, todos os olhos est?o voltados para a atual ministra de Finan?as francesa, Christine Lagarde, considerada a pessoa ideal na Europa para suceder a Dominique Strauss-Kahn.

Uma das raz?es justificadas por alguns governos europeus para apoiar Lagarde ? seu conhecimento da atual crise na Gr?cia, Irlanda e Portugal, todos pa?ses sob ajuda do Fundo.

"Este ? o momento de chamar pessoas capazes de manejar crises financeiras e os membros de pa?ses emergentes t?m mais capacidade que os europeus, devido a sua experi?ncia", disse Claudio Loser, que foi diretor para Am?rica Latina do FMI.

"O que nos preocupa ? o conflito de interesses", destacou Arturo Porzecanski, economista e analista do Centro de Estudos Estrat?gicos e Internacionais (CSIS). "O Fundo poderia perder sua objetividade e se tornar uma fonte f?cil de financiamento com um europeu ? frente", explicou.

J? para Mois?s Naim, economista do Fundo Carnegie para a Paz e colunista do jornal "El Pa?s", de Madri, n?o seria muito pedir aos candidatos que prometam permanecer no cargo durante todo seu per?odo. "Os ?ltimos tr?s chefes do FMI - todos europeus, naturalmente - renunciaram antes do tempo".