25 maio 2011

Ap�lices de seguros ficar�o mais caras com desastres naturais

UOL EconomiaAp?lices de seguros ficar?o mais caras com desastres naturais25/05/2011Valor Online4@UOLEconomia #UOLRIO - Os desastres naturais, cada vez mais recorrentes no mundo nos ?ltimos anos, dever?o elevar o custo das ap?lices de seguros e t?m levado as empresas a tomarem medidas de adapta??o e mitiga??o dos efeitos de mudan?as clim?ticas ao longo dos ?ltimos 12 meses, de acordo com a Associa??o de Genebra, centro internacional de an?lises e discuss?es sobre seguros.

Um caso considerado divisor de ?guas para o setor segurador ? o da ind?stria de ?leo e g?s, com o vazamento da plataforma da British Petroleum que atingiu o Golfo do M?xico. O presidente do Conselho de Administra??o da Munich Re, Nikolaus Von Bomhard, disse que, ap?s o acidente, as seguradoras modificaram as ap?lices para o setor.
Na ocasi?o, o seguro obrigat?rio para a explora??o de petr?leo era de US$ 74 milh?es. "Era muito baixo", classificou Bomhard, que tamb?m ? presidente da Associa??o de Genebra. E a cobertura de perdas ofertada pela ind?stria era de no m?ximo US$ 1,5 bilh?o, para o setor.
Agora, as seguradoras estudam a possibilidade de passar a cobrir perdas que v?o de US$ 3 bilh?es a US$ 10 bilh?es. No entanto, isso vai impactar diretamente no custo de extra??o. A estimativa ? de que o seguro poder? chegar a custar at? 10% do custo de extra??o de petr?leo, dependendo da ?rea geol?gica e do risco embutido, j? que no Brasil, por exemplo, o pr?-sal leva a perfura??es muito mais profundas do que no Golfo do M?xico.
"A BP e as outras petroleiras precisar?o saber qual ser? o custo de perfurar, incluindo-se a ap?lice de cobertura de at? US$ 10 bilh?es", disse Bomhard. Ele afirmou, no entanto, n?o estar pronto para estudar as pol?ticas nas ap?lices que ser?o colocadas no Brasil.
Outro desastre natural que afetou fortemente a vis?o sobre o setor de seguros foi em rela??o ?s usinas nucleares. De acordo com o presidente da T?kio Marine, Kunio Ishihara, o acidente na usina de Fukushima, no Jap?o, devido ao tsunami provocado pelo terremoto que atingiu o pa?s em mar?o, elevou o n?vel de preocupa??o em rela??o ao uso de usinas nucleares no mundo.
A estimativa ? de que o Jap?o precise de US$ 200 bilh?es a US$ 300 bilh?es para se recuperar da crise instaurada, e o setor segurador vai ter que pagar mais de US$ 33 bilh?es.
"Nenhuma seguradora se tornou insolvente, com o apoio fiscal do governo japon?s. Mas com tantos desastres naturais, a ind?stria de seguros pensa agora se ? capaz de suportar as mudan?as clim?ticas", alertou.

(Juliana Ennes | Valor)